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Empresas do alto tietê sentem os reflexos da alta do dólar

QUEM VIVE DE IMPORTAÇÃO SENTE AS DIFICULDADES.
CIESP DIZ QUE OTIMISMO NO CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO PODE ACABAR.

O cenário econômico em que o dólar registra a maior cotação dos últimos quatro anos, faz com que algumsa empresas na região do Alto Tietê comecem a sentir os reflexos dessa alta. Segundo especialistas, a variação da moeda americana foi de quase 45%. Porém, nesta quinta-feira (8), o dólar fechou em R$ 2,28. Isso representa uma queda, em relação ao dia anterior, de mais de 1%.

No entanto, se por um lado a situação preocupa as empresas importadoras, quem vive de exportação se sente bem mais confortável. De acordo com o gerente comercial Heber Santos, que trabalha em uma fábrica que produz fios e cabos elétricos, somente as exportações representam 10% do faturamento da empresa, mas ele acredita que a disparada do dólar irá aumentar esse percentual. “Com esse câmbio nós nos tornamos bem mais competitivos. A desvalorização da moeda favorece a exportação”, explica.

Foram três meses seguidos de desvalorização do real. O Banco Central interviu para tentar segurar essa alta fazendo leilão de dólares. Mesmo assim, o preço da moeda continuou em alta deixando os importados mais caros e pressionando ainda mais a inflação. Essa é a preocupação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em relação às empresas que trabalham com insumos estrangeiros. “Você imagina aquele fabricante que importa matéria prima que custa em dólar e ele tem que fazer a conversão aqui dentro em reais para pagar essa importação. Com a desvalorização, ele vai precisar de mais reais para pagar a importação. Isso quer dizer que o produto fica mais caro”, explica.

O diretor comercial José Artur Pagan, que trabalha em uma empresa que importa tubos, barras e conexões em aço inoxidável dos Estados Unidos, e países da Ásia, Africa do Sul e Europa, diz que uma das opções para se adaptar ao período de alta do dólar é reduzir a margem de lucro. “Como é que você vai diminuir a margem de lucro e pagar as despesas? Então tem que reduzir despesas Mas no final, quem vai pagar isso tudo é o consumidor”, diz Pagan.

Por outro lado, Werner Stripecke acredita que o cenário econômico do setor não será tão otimista até o fim do ano. “Temos um cenário bastante incerto e delicado. Tudo o que imaginávamos que iria acontecer não se concretizou. Esperávamos um crescimento na indústria de transformação, mas não ocorreu”, finaliza.

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